A Mona Lisa nasce e é esculpida historicamente dentro de um ambiente histórico de transição – entre a Idade Média e a Modernidade – o que corresponde ao final do Feudalismo e início do Capitalismo -, por isso carrega em seu corpo as marcas de sua historicidade renascentista.
Os aspectos da arte renascentista referem-se ao período difícil enfrentado pelo povo na época, representando de maneira artística detalhes importantes da dinâmica do poder e das transformações econômicas pelas quais a Itália passou em uma das fases do Renascimento.
E hoje, renasce uma transformação histórica, forçada por uma peste pandêmica. Ao sairmos na rua, presenciaremos a transformação social-econômica-política em que estamos inseridos.
Para falar desta atual re-Revolução digital que o efeito pandemia e isolamento social geraram no nosso âmbito mercadológico, o momento nos pede uma reflexão quanto ao emergencial boom digital, (1) necessidade a quem ainda não estava adaptado e (2) vantagem competitiva para as empresas já habituadas ao trabalho fazendo uso das plataformas digitais.
O que pudemos enxergar foi de um lado empresas já inseridas nas necessidades atuais, com produção de conteúdo em vídeo, compra online, interação com seu cliente em plataforma omnichannel e de outro lado, empresas desesperadas se perguntando “o que eu faço agora?”. De qual lado você se encontra?
Áreas pouco exploradas digitalmente, como por exemplo a medicina psiquiátrica e de cirurgia plástica, entraram pra valer nas fórmulas prontas de autoridade com propagação de conteúdo e até mesmo teleconsultas e venda online.
A necessidade de adaptação apertou a todos, não somente ao e-commerce e ao trabalho remoto, mas também para áreas bases da pirâmide. São professores e alunos fazendo aulas à distância, reuniões acontecendo via videoconferência, pessoas comprando muito mais on-line, além de buscarem na internet conteúdo para se entreter e mesmo socializar.
Imagina se o seu negócio fosse uma empresa com mais de 20 mil produtos variáveis de borrachas, em que o o consumidor precisa ver o produto em mãos? Como migrar 20 mil produtos para vender on-line, além de se adaptar a uma nova logística de entrega e estoque.
Já era esperado esse avanço, claro, mas nunca o imaginamos com tamanha pressa. Foi igual a um tsunami. E esta urgência traz consigo uma gama gigantesca de usuários – potenciais consumidores – do mundo virtual que nunca antes haviam tido essa experiência. O resultado são as situações cômicas que nós aparecem volta e meia, como reuniões em que crianças aparecem, profissionais esquecendo a câmera ligada, entre outras.
Agora, surge a necessidade de um aprendizado para grande parte das empresas. Elas precisam preocupar-se com a usabilidade, a linguagem utilizada, como vender e a facilitação do acesso, por exemplo, a quem nunca fez uma compra on-line.
Ou seja, por mais que a sua empresa tenha em mente que entende tudo sobre o seu cliente, pode ser que precise estudar um novo perfil de pessoas, pertencentes a essa leva de usuários iniciantes.
É essencial, nesse ponto, estarmos muito atentos aos detalhes e não generalizarmos os consumidores que, apesar de mais conectados, estão tendo experiências das mais diferentes naquele contato virtual.
Cientes disso, a empatia é prioridade e, fazendo parte da nova missão que vem por aí, as empresas que se inteirarem com maior velocidade dos novos perfis acabarão por estarem um passo à frente.
É a arte renascentista digital dando novamente as caras.
E você, já adaptou a sua empresa a esta nova transformação econômica?